<$BlogRSDUrl$>

sábado, janeiro 10, 2004

INCONSISTÊNCIAS DUMA CENA DE FAMÍLIA 


Isto pode parecer chocante, mas parece-me claro que há várias inconsistências na história do presépio.

Primeiro que tudo, toda a história acenta numa indefinição muito grande... afinal tudo se passou num estábulo ou numa gruta...?! Isso é algo que não percebo.

Depois vem a parte principal, se S. José e Maria eram pobres, onde é que arranjaram os animais para estarem a atirar o bafo sobre o menino?
Outro ponto muito importante: se era uma noite de Inverno, uma noite fria, porque estava o menino apenas com uma túnica pequena em volta da cintura em vez de Maria pegar nele e o manter quente dentro das suas vestes, junto ao corpo?
Como é que eles mantinham a vaca e o burro a soprarem o bafo sobre o menino? Se eu fosse vaca ou burro (que não sou!), queria lá saber do menino... eu queria era comer erva...
Se os pastores eram pobres e representavam os mais desfavorecidos, como podiam eles oferecer as ovelhas, o seu único sustento?
E os reis magos?! Porque lhes chamam na verdade magos, se não existe relato na história, de nenhuma magia feita...
Mais, em todas as figuras do presépio, nenhum deles tem coroa... onde é que já se viu um rei sem coroa?!
Um deles, deu ouro a Jesus. Então porque continuou José a trabalhar na carpintaria? E porque dizem que ele era pobre se tinha ouro? E que foi feito desse ouro?
E o incenso e a mirra?! Que lhe fizeram?!... Possivelmente... enfim... o pó é a desgraça da sociedade dos nossos dias e quem sabe não tenha tudo começado aí.
E por último, aquela que me parece ser a questão mais grave de todas... a história do Anjo Gabriel...
Como é que pode existir um anjo com nome de apresentador de programas de televisão para velhos e concursos para ganhar dinheiro?
Já toda a gente viu o City of Angels... tudo bem, passa-se na América, mas de certeza que não viram lá nenhum anjo chamado Larry King...

Oh JC (não, não me refiro a Jesus Cristo... é mesmo o mestre da desgraça, o Deus do abismo... xôr José Cid)!!

Não brinquem com a inocência das pessoas que acreditam em qualquer história para crianças...

Mais um caso de serviço público no Confessionário das Beatas.

JG
--------------------

quarta-feira, janeiro 07, 2004

A RELATIVIDADE DO TEMPO 


Neste post vou voltar a referir-me ao conhecido operador de televisão por cabo cubo nome, começa por um C, acaba num O e tem no meio, duma forma absolutamente aleatória, as letras A B O V I S Ã.

Até pode parecer aos nossos leitores que eu tenho alguma queixa contra a dita empresa, sei lá... por exemplo, por não me terem fornecido placa de rede quando supostamente o deviam ter feito... ou por ter estado cerca de um dia sem internet quando ao telefone me tinham garantido que seria uma questão de minutos... ou por me responderem mal nos telefonemas para o apoio ao cliente...
Não... claro que não... não é esse o caso...

Acontece que esta empresa me fez compreender conceitos filosóficos tão importantes como a relatividade do tempo.

Quando ligo para lá, há uma gravação que diz, o tempo estimado de espera é de cinco minutos... no entanto, durante esses "cinco" minutos tenho tempo de ouvir 5 ou 6 clássicos do José Cid e duas canções do Luís Represas que quase me levam ao sono.
Ou então, oiço "contamos atendê-lo na próxima meia hora"... e realmente sou antendido numa meia hora seguinte... passada uma hora...

São estes casos em que o tempo é relativo que me fazem perceber conceitos filosóficos bastante complicados... no fundo os call centers são verdeiros antros de poesia... aliás vivemos num país de poetas onde tudo é muito relativo e nada é bem o que parece...

Ah bela vida... bela vida...

JG

MÚSICA NO TELEFONE 


Há um pequeno pormenor na nossas vidas quotidianas que sofreu uma grande evolução.
Não, não me estou a referir ao telemóvel. Refiro-me à tradicional chamada para uma instituição pública ou uma empresa.
Façamos a chamada a que hora fizermos, em que dia for, acabamos sempre por receber um "aguarde só um momento". E que se passa a seguir? Ah pois é, surge uma música de fundo. E é esse o pormenor que sofreu uma grande evolução.
Se antigamente se ouvia uma música raquítica e metálica digna de um brinquedo de criança daqueles em que rodamos uma manivela e sai um som, nos dia de hoje tudo é diferente. Chegam a ouvir-se vários clássicos da música portuguesa nestas chamadas. É melhor que um carro de emigrante de vidros abertos, em pleno Verão.

Numa das muitas chamadas que já efectuei para o apoio a clientes dum conhecido operador de televisão por cabo cubo nome, como diria mestre Nuno Markl, começa por um C, acaba num O e tem no meio, duma forma absolutamente aleatória, as letras A B O V I S Ã, cheguei mesmo a ouvir um famoso hit de José Cid.
Enfim... com uma escolha destas admiram-se de haver empresas a abrir falência...

JG
--------------------

terça-feira, janeiro 06, 2004

MENTES PRODIGIOSAS

Uma coisa à qual eu acho sempre muita piada, são as invenções em que não consigo vislumbrar nenhuma réstia de genialidade, nem sequer perceber o motivo do seu sucesso.

Uma dessas invenções é o Fondue.
Que, ainda por cima, tem a agravante de ter uma palavra francesa a denominá-lo. Digamos que não augura nada de bom ter um nome numa língua... como dizer... de orientação sexual duvidosa...
Isto é apenas um eufemismo para não dizer amaricada. Oh acabei por dizer na mesma.
Peço desculpa a todos os franceses que lêem este post... inclusivé ao meu professor de Teoria da Computação...

O que eu não percebo é quem é que pode estar interessado em cozinhar a refeição sentado à mesa.
Quando me sento à mesa quero que a minha refeição esteja já cozinhada e de preferência bem passada. Não quero estar a comer carne pedaço a pedaço e à espera que ela se cozinhe...
Não percebo as vantagens desta invenção.
O autor deve ter sido um cozinheiro que gostava de passar o tempo a coçar os genitais e preferiu, usando a estupidez de quem come, livrar-se do trabalho da cozinha.

...
...
...

Será que o meu professor de Teoria da Computação lê este blog... eu ainda não fiz a cadeira... se calhar nunca mais a farei...

JG
--------------------

segunda-feira, janeiro 05, 2004

UM 2004 EM BELEZA?!

O ano que terminou foi terrível.
Houve demasiadas coisas feias, até mesmo horríveis, a acontecer.
Foi a guerra, os desenvolvimentos do caso Casa Pia, os incêndios, a crise financeira do país, o sismo do Irão, ...
Enfim, toda a gente sabe que foi um ano com muitas coisas feias.

No entanto, este ano que começou também não augura nada de muito belo.
Estamos a 4 de Janeiro, ainda no início do ano, e já temos sinais de um ano cheio de coisas feias.
Basta reparar nas novas camisolas da equipa do Benfica... haverá algo mais feio e horrível que aquelas novas camisolas...
E para que serve aquela faixa branca?! É alguma nova tecnologia em babetes?!

Será certamente um ano terrível para a beleza do mundo.

JG
--------------------

domingo, janeiro 04, 2004

SHAMPOO HERBAL

Há alguns meses, os anúncios do detergente Bold encontravam-se no trono dos anúncios de TV mais estúpidos que alguma vez existiram.
No entanto, foram destronados pelos incomparavelmente mais estúpidos anúncios do shampoo Herbal.

Para quem não está a ver, trata-se dos anúncios em que as senhoras, ao lavarem o cabelo com o shampoo anunciado, têm uma reacção semelhante à de um orgasmo.
Isto levanta algumas interrogações na minha mente.

De que estavam à espera os autores do anúncio?
Que as pessoas pensassem... "ah... eu também quero comprar um shampoo daqueles para sentir aquilo..."??!!
Acham mesmo que existe uma quantidade de gente estúpida a esse ponto, suficiente para trazer lucros à empresa que comercializa o shampoo?!
Quer dizer... pensando melhor... no dia 1 vi, na TV, o Toni Carreira a cantar no Pavilhão Atlântico repleto de gente a ouvi-lo... talvez tudo seja possível...

No entanto, aquele que mais me surpreende destes anúncios, é o anúncio em que a senhora vai à casa de banho do avião e carrega sem querer no interruptor dum intercomunicador, fazendo com que os seus gritos sejam ouvidos pelo resto dos passageiros do avião.

Este anúncio atinge o cúmulo da estúpidez dos anúncios de TV, em toda a história contemporânea dos anúncios de TV estúpidos.

É que... eu já nem falo na estupidez comum a todos os anúncios desta marca de shampoo, mas... porque raio teria, uma casa de banho de um avião, um comunicador que fizesse ouvir no resto do avião, o que se passa na casa de banho?!

Enfim... são questões que me incomodam seriamente...

JG
PARTE II - O REGRESSO

A notícia que todos anseavam (se calhar era temiam, mas o meu ego grita-me que ansear é o verbo correcto...) aí está: o melhor e maior blog do universo (são poucas as pessoas que o dizem, mas o que rege o mundo é a vontade destas beatas... ou pelo menos assim devia ser...), o Confessionário das Beatas, está de volta ao activo.

Depois de vários pedidos simpáticos, motividadores e pouco pressionantes para o nosso regresso... como bombas na ignição dos nossos carros, cartas com pó branco, ameaças de inscrição dos nossos endereços de e-mail numa infinidade de mailinglists de sites porno (pronto, ok, confesso que fomos nós que increvemos os nossos próprios e-mails nas mailinglists), ataques de hackers ao sistema eléctrico do nosso frigorífico e até, imaginem só, ameaças de denúncia das nossas boxs da TV cabo ilegalmente descodificadas... achámos que estava no momento de voltarmos a incomodar os nossos visitantes com a nossa literatura.

É oficial: a estupidez e a inutilidade em quantidades industriais estão de volta à blogosfera.

JG
--------------------

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Descubram os posts antigos nos arquivos de posts