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sábado, setembro 13, 2003

PERFEITO ANORMAL

Por falar no conhecido programa da Sic Radical, Perfeito Anormal, lembrei-me que vos devia explicar a razão da inspiração para tanta inutilidade que é aqui escrita.

Tudo isto se deve ao wallpaper do meu computador.
Trata-se duma imagem dos dois génios do Perfeito Anormal, Nuno Markl e Fernando Alvim, com a frase do genérico (cantado, parece-me, pela voz de Manuel Cruz vocalista dos Ornatos Violeta... uma decisão de quem sabe o que faz), "tu sabes que és um perfeito anormal".

Assim, eu acordo de manhã, tomo o pequeno-almoço, ligo o computador e, ainda meio inconsciente, vejo uma imagem que me diz "tu sabes que és um perfeito anormal!". Já não me esqueço disso durante todo o dia e escrevo estes posts cheios de inutilidade e pouca sanidade mental.

JG
AVÔ CANTIGAS

Há pouco, estive a ver uma repetição do programa da Sic Radical, Perfeito Anormal.
Neste programa aparecia uma das figuras míticas da minha infância, o Avô Cantigas.
Ou melhor, o senhor que dava vida ao Avô Cantigas, visto que não usava a peruca grisalha, os óculos e as, sempre presentes, jardineiras.
E este pormenor fez-me lembrar um dos maiores desgostos da minha infância, ao mesmo nível da descoberta da inexistência do Pai Natal (por volta dos 12/13 anos... a minha mãe achou que eu já tinha idade para saber a verdade, mas eu não estava preparado, foi duro). Trata-se do dia em que vi o Avô Cantigas sem esses artefactos que lhe davam vida e que percebi que afinal não se tratava de um velhote estupidamente ágil, com voz afinada e sorriso fácil, mas antes, um homem ainda no pleno gozo das suas faculdades físicas e psicológicas e que, muito provavelmente, não precisaria sequer de viagra para atingir a felicidade plena (ok, esta parte do viagra é treta, sou eu que tenho a mania que sou engraçado...).

Foi, realmente, um momento psicologicamente marcante na minha vida.

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Alguém sabe o número de telefone de um psiquiatra? Acho que acabei de desenterrar um trauma da minha infância...

JG
TOURADAS

Há uma coisa a que eu assisto com especial atenção nas touradas. São os forcados.
É interessante, porque quando dá na TV alguma largada de touros em Espanha, em que se vêem pessoas fugindo, correndo como se não houvesse amanhã, à frente de touros que parecem ter tido uma experiência intensa com extasy, alguém diz sempre... "hmm... estes espanhóis são mesmo iztúpidos..."

E depois olho para um grupo de rapazes, na flor da idade, que vestem roupas iguais, qual boys band britânica, usando um deles um barrete digno do guarda roupa de José Castelo-Branco, colocado de forma a que os olhos possam ter apenas uma linha de visão de não mais de 23mm de espessura.
Este grupo de catraios, coloca-se em frente a um animal corpulento, de chifres pontiagudos (ok, não são assim tão pontiagudos, estão cortados... mas para o caso pouco interessa), que deita vapor pelo focinho e esfrega a pata no chão, esperam que ele corra, e agarram-no (expressão bem portuguesa) pelos cornos.

E a este grupo de jovens, os portugueses não chamam iztúpidos, como aos espanhóis, mas jovens corajosos...

Mas aquilo que ainda me impressiona mais, é o jovem que pega o touro sozinho.
Já repararam que ele grita para o animal algo do género... "eih touro!!! eih touro!!!"?
Isto deixa-me a pensar se os toiros perceberão português...

JG
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quarta-feira, setembro 10, 2003

AMOR INCONTROLÁVEL

Eu queria fazer aqui uma declaração de amor.
Eu amo muito, mas mesmo muito, os serviços académicos da UBI...
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Alguém sabe onde posso arranjar uma bomba capaz de destruir um pequeno edifício?

JG
PERSEGUIÇÕES

Eu digo aqui, apenas a meia voz porque começo a desconfiar que alguém me quer tramar, que ando a ser perseguido.
Pois é, primeiro foram as histórias de terror no Complexo Desportivo da Covilhã, agora perseguições implacáveis por parte do vice-reitor da minha universidade.
Começo mesmo a ouvir sons estranhos à minha volta e vejo olhos brilhantes na escuridão observando-me a cada minuto.
OH MEU DEUS!!!

Estava eu descansadinho, na sexta-feira passada, escrevendo mails na biblioteca da Universidade da Beira Interior, quando passa o vice-reitor da instituição e me dirige a palavra dizendo: "Então tudo bem? É de que curso?". Eu respondo: "Engenharia Informática". E ele diz: "Ah... muito bem. Então e já preencheu o inquérito on-line sobre o funcionamento das aulas?". E eu digo: "Sim, já. Preenchi logo no fim do ano passado". Ele responde: "Mas isso foi do primeiro semestre". E eu contraponho: "Não, esse foi há mais tempo. Já respondi também ao do segundo semestre". E ele, ainda desconfiado diz: "Ah... ok... Mas não quer entrar aí no inquérito para confirmar isso. É que às vezes vocês confundem e respondem só ao do primeiro semestre".
Aí começei a perder a paciência, mas lá mostrei ao senhor que já tinha respondido ao inquérito. Então ele diz: "Ah, muito bem" e dá-me um pin...
É impressão minha ou isto parece uma cena entre um educador de infância e uma criança? Um pin?! Estive quase a fazer um favor a toda a população estudantil e a livrar-me de tão irritante personagem.

No entanto, isto não ficou por aqui.

Na segunda-feira seguinte, esta última, estava eu novamente na biblioteca da UBI, desta vez escrevendo coisas inúteis no Confessionário das Beatas (como neste momento).
E volta a aparecer o senhor vice-reitor da UBI. O meu interior começa a entrar em ebulição.
Dirige-se a mim e diz: "Então, a escrever para a família?". E pensei... "hmm... família... confessionário das beatas... é melhor dizer-lhe que não". Então disse: "Não".
E volta ele: "Então, e já preencheu o inquérito on-line?". Desta vez disse-lhe com convicção: "JÁ". E ele volta a dizer: "Mas não quer entrar...". Não o deixando acabar respondo: "Já preenchi esse inquérito. TENHO A CERTEZA". Aí ele respondeu: "Ah, muito bem".
Cheguei a temer que me voltasse a dar um pin como às crianças. Aí, perderia certamente a cabeça. Mas não, foi-se simplesmente embora.

Eu começo, sinceramente, a ter medo destas perseguições...
E é melhor ficar aqui porque me parece que estou a ouvir barulhos ali atrás... hmm... é melhor ir ver...

JG
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segunda-feira, setembro 08, 2003

VERBOS

Pelas notícias de ontem acerca do incidente no IC19, deu-me a entender que há verbos que as pessoas não percebem bem.
Resolvi ir ao dicionário e tirar a definição de um verbo para que toda a gente perceba.

reparar
do Lat. reparare

v. tr.,
refazer;
restaurar;
consertar;
emendar, corrigir;
atenuar as consequências;
melhorar;
restabelecer;
indemnizar;
dar satisfação a;

v. int.,
fixar a vista ou a atenção;
observar;
acautelar-se;
precaver-se.

Acho que fica esclarecido.
Mais uma vez, foi um momento de serviço público no Confessionário das Beatas. Obrigado. Bom Dia.

JG
CENTRO DE SAÚDE

Estamos em época de matrículas. Fui matricular-me à minha universidade e tive uma surpresa sempre agradável, a vacina do tétano estava fora de validade.
E pronto, lá tive eu, pouco habituado a estas coisas, que entrar no mundo escuro dos centros de saúde.

Eu não sei se costumam frequentar esses locais, mas organização e centro de saúde são duas ideias tão próximas uma da outra como Big Brother e castidade.

E há uma coisa que acho interessante, é o conceito de fila de espera (e não bicha... o Confessionário das Beatas não se mete nessas coisas). Num centro de saúde, o conceito de fila de espera funde-se com o conceito de um grande molho de gente tudo a monte a ver quem é atendido primeiro.

No entanto, depois de se conseguir chegar à frente e ser atendido, há outra missão impossível, sair do amontoado de pessoas... chega mesmo a ser mais difícil do que chegar à frente. Tive mesmo que me servir do capacete para, não violentamente mas menos pacificamente, voltar a respirar ar puro.

Apesar tudo, por não estar habituado a estas andanças, considero que fui enganado. Quando cheguei, coloquei-me atrás daquela que me parecia ser a última pessoa da "fila", no entanto, uma grande quantidade de pensionistas, conhecedores das mais evoluídas técnicas de passar à frente em filas, passaram-me rapidamente pelas laterais.

Mas a vingança serve-se fria (neste momento a minha voz adquire um tom maléfico) e aviso-vos, malditos pensionistas (sempre as famosas histórias de pensionistas), que a vossa vida vai ser assombrada pela minha pessoa.
Começarão por sentir isso quando o vosso baralho de cartas para a sueca desaparecer, depois será o aparelho do ouvido, as cerolas e as pantufas, o rádio chunga para ouvir o relato e finalmente o tena lady...

Haverão de desejar nunca terem passado à minha frente na fila de espera...

AH AH AH AH AH (mais uma vez, trata-se de um riso maléfico próprio de filmes de terror chungas)

JG
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domingo, setembro 07, 2003

CASAMENTOS...

A propósito de um post do desBlogueador de Conversa e uma vez que estamos em época típica de casamentos (nunca percebi bem porquê...), lembrei-me duma curiosidade sobre casamentos.

Se vocês repararem com atenção, há sempre algumas figuras típicas que se repetem, irremediavelmente, em qualquer festa de casamento.
São todas diferentes, a única semelhança é que todas acabam a noite com uma grande taulada.

Há o pai da noiva que é o sujeito que se sente finalmente livre e descansado por entregar a filha. Por esse motivo, sente-se feliz e aliviado e acaba por beber cheio de vontade até quase cair para o lado.
Mas há também o pai do noivo. Este, porque a experiência lhe fala ao ouvido, sabe que acabaram os dias de liberdade do filho. Sabe o que o filho vai sofrer com a nova vida. Por tudo isso, acaba por afogar as mágoas em tudo o que seja líquido e aqueça o interior. Chega à noite quase a cair para o lado.
A mãe da noiva é a senhora que passa os últimos dias sempre a chorar por "perder" a filha. Depois de perder tantos líquidos, para não ficar desidratada, bebe sem controlo na festa de casamento e acaba a noite a cair para o lado.
A mãe do noivo é a senhora que se sente extremamente feliz por o filho finalmente assentar e lhe vir a dar netos. A felicidade é tanta, que a senhora, pouco habituada a álcool, resolve beber só um copinho porque é festa e acaba a cair para o lado.
Há também os padrinhos. Aqui não há diferenças entre os da noiva e os do noivo, com a particularidade dos sintomas se notarem mais nos padrinhos da noiva por as despesas serem um pouco maiores. Estes, ao pensarem no grande desgaste que a conta bancária sofreu e nos anos de aperto que aí vêm, descarregam tudo no álcool, acabando, também eles, a noite quase a cair para o lado.
Outras figuras típicas são as tias reformadas e surdas que enchem os noivos de dinheiro. Nestas é habitual acontecer dirigirem-se ao empregado e perguntarem se o que estão a servir é água, ao que o empregado responde "É Gin". Como elas percebem "É sim", resolvem beber e acabam a noite a cair para o lado.
Há os irmãos solteiros que para festejarem o facto de voltarem a ser filhos únicos, resolvem comemorar e acabam a noite a cair para o lado.
Uma figura sempre curiosa, é a família emigrante. Enquanto a mãe anda atrás dos putos de cabelo curto à frente e rabicho atrás, dizendo "Michel, vien ici. Michel Tu vá tombé. Ah filho da p$%& eu não te disse que caías.", o pai mete-se no bar e só sai de lá já a cair para o lado.
Uma outra figura sempre presente, é o sobrinho que nunca bebeu álcool e que ao ver tanto por onde escolher, apanha a sua primeira bezana e acaba a noite a cair para o lado.

Mas a figura típica que tem vindo a desaparecer e da qual eu sinto mais falta, é o amigo e ex-namorado da noiva, que, para tentar calar as dores de coração, passa o dia a beber, acabando quase a cair para o lado e fazendo o escândalo da noite pondo fim à festa de casamento.

Pois é... são os casamentos em Portugal...

JG
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